Ensaio sobre o texto: Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem.
Sem dúvidas, este foi o texto em que mais tive problemas pra entender. Não tive capacidade intelectual para absorver o que a autora dizia. A releitura do texto e as considerações do Prof ajudaram, mas mesmo assim tive dificuldades.
Emilia começa dizendo que se baseou em idéias piagetianas para elaborar suas pesquisas sobre leitura e escrita.
COMO SE PASSA DE UM ESTADO DE MENOR CONHECIMENTO A UM ESTADO DE MAIOR CONHECIMENTO? (Piaget)
Para responder a esta pergunta, Emilia diz que em primeiro lugar é preciso procurar identificar os modos de organização relativamente estáveis que pode caracterizar os níveis sucessivos de conhecimento em um dado domínio; todavia, o problema central é compreender os processos de passagem de um modo de organização conceitual a outro, explicar a construção do conhecimento.
Quando procuramos compreender o desenvolvimento da leitura e escrita, do ponto de vista dos processos de apropriação de um objeto socialmente constituído, buscamos ver se havia modos de organização relativamente estáveis que se sucediam em certa ordem. Agora sabemos que há uma série de modos de representação que precedem a representação alfabética da linguagem.
PRECISAMOS ENTENDER COMO A CRIANÇA CONTRÓI AS SUAS HIPÓTESES
As produções lingüísticas da criança podem parecer caóticas para nós “alfabetizados”. Nossa tarefa é procurar entender como ela constrói seu conhecimento e como se dão as várias fases de apropriação do saber.
ALGUMAS DIFICULDADES COGNITIVAS DAS CRIANÇAS
Há algumas dificuldades cognitivas que parecem evidentes. Algumas crianças enfrentam problemas de classificação quando procuram compreender a representação escrita.
Repetidas vezes encontramos crianças que pensam que estarem lendo seu nome completo em qualquer parte do texto.
Um pouco mais tarde, quando as crianças começam a controlar sistematicamente as variações na quantidade de grafias que compõe cada escrita que produzem, algumas situações privilegiadas lhes permitem conseguir uma coordenação momentânea.
A criança vai construindo novas tentativas de coordenação e isso requer um esforço cognitivo considerável.
O sistema de escrita que a criança encontra no mundo circundante e todas as informações fornecidas do meio ambiente em que vive são pertubadoras para ela. Algumas vezes ela compreende o que faz, mas não compreende o que os outros fazem.
Torna-se evidente que, para compreender o desenvolvimento da escrita, não se pode invocar, apenas, a espontaneidade e a criatividade do sujeito. Claro que a espontaneidade e a criatividade existem, mas não se desenvolvem numa direção aleatória. Nossa tarefa é precisamente procurar explicar esta direcionalidade.
No desenvolvimento da leitura e da escrita, considerando como um processo cognitivo, há uma construção efetiva de princípios organizadores que, não apenas podem ser derivados somente da experiência externa, como também são contrários a ela; são contrários, inclusive, ao ensino escolar sistemático e as informações não-sistemáticas. Uma teoria completa do desenvolvimento infantil da escrita não pode deixar estes problemas sem solução. São exatamente estes problemas que adquirem u m significado preciso e definido dentro do marco teórico da teoria de Piaget.
A INTERPRETAÇÃO DA LEITURA DA ESCRITA
ANTES DA LEITURA CONVENCIONAL
Antes de chegar à escola ou começar a dominar a leitura convencional, a criança tem contato e tenta interpretar os textos que estão a sua volta. (títulos, embalagens comerciais, historias em quadrinho, etc.), e quando chega a na instituição escolar ela leva todo esse conhecimento.
Nós educadores temos que entender isso, pois nenhuma aprendizagem começa do zero.
Temos também, que investigar as informações “visuais e não visuais” que os educandos assimilam e utilizam antes de dominar a leitura/escrita convencional.
Para um infante que ainda não tem esse “domínio” a significação do que está escrito depende do contexto e segundo as teorias piagetianas, essa lógica é uma fase natural do entendimento da escrita.
ALGUMAS ANOTAÇÕES FEITAS EM AULA
Se uma criança de seis ou sete anos ainda não domina a linguagem/escrita convencionada, deve-se realizar um trabalho imediatamente com ela;
O problema de alguns professores é querer que uma criança de cinco ou seis anos leia conforme o padrão convencionado e esse domínio da leitura é adquirido num processo de maturação;
“O alfabetizador deveria ter doutorado e ganhar mais do que qualquer outro educador”.
Prof Ivan
BIBLIOGRAFIA
FERREIRO, Emilia. Alfabetização em processo.
18. ed., São Paulo, Cortez, 2007. (p. 09-20)
Sem dúvidas, este foi o texto em que mais tive problemas pra entender. Não tive capacidade intelectual para absorver o que a autora dizia. A releitura do texto e as considerações do Prof ajudaram, mas mesmo assim tive dificuldades.
Emilia começa dizendo que se baseou em idéias piagetianas para elaborar suas pesquisas sobre leitura e escrita.
COMO SE PASSA DE UM ESTADO DE MENOR CONHECIMENTO A UM ESTADO DE MAIOR CONHECIMENTO? (Piaget)
Para responder a esta pergunta, Emilia diz que em primeiro lugar é preciso procurar identificar os modos de organização relativamente estáveis que pode caracterizar os níveis sucessivos de conhecimento em um dado domínio; todavia, o problema central é compreender os processos de passagem de um modo de organização conceitual a outro, explicar a construção do conhecimento.
Quando procuramos compreender o desenvolvimento da leitura e escrita, do ponto de vista dos processos de apropriação de um objeto socialmente constituído, buscamos ver se havia modos de organização relativamente estáveis que se sucediam em certa ordem. Agora sabemos que há uma série de modos de representação que precedem a representação alfabética da linguagem.
PRECISAMOS ENTENDER COMO A CRIANÇA CONTRÓI AS SUAS HIPÓTESES
As produções lingüísticas da criança podem parecer caóticas para nós “alfabetizados”. Nossa tarefa é procurar entender como ela constrói seu conhecimento e como se dão as várias fases de apropriação do saber.
ALGUMAS DIFICULDADES COGNITIVAS DAS CRIANÇAS
Há algumas dificuldades cognitivas que parecem evidentes. Algumas crianças enfrentam problemas de classificação quando procuram compreender a representação escrita.
Repetidas vezes encontramos crianças que pensam que estarem lendo seu nome completo em qualquer parte do texto.
Um pouco mais tarde, quando as crianças começam a controlar sistematicamente as variações na quantidade de grafias que compõe cada escrita que produzem, algumas situações privilegiadas lhes permitem conseguir uma coordenação momentânea.
A criança vai construindo novas tentativas de coordenação e isso requer um esforço cognitivo considerável.
O sistema de escrita que a criança encontra no mundo circundante e todas as informações fornecidas do meio ambiente em que vive são pertubadoras para ela. Algumas vezes ela compreende o que faz, mas não compreende o que os outros fazem.
Torna-se evidente que, para compreender o desenvolvimento da escrita, não se pode invocar, apenas, a espontaneidade e a criatividade do sujeito. Claro que a espontaneidade e a criatividade existem, mas não se desenvolvem numa direção aleatória. Nossa tarefa é precisamente procurar explicar esta direcionalidade.
No desenvolvimento da leitura e da escrita, considerando como um processo cognitivo, há uma construção efetiva de princípios organizadores que, não apenas podem ser derivados somente da experiência externa, como também são contrários a ela; são contrários, inclusive, ao ensino escolar sistemático e as informações não-sistemáticas. Uma teoria completa do desenvolvimento infantil da escrita não pode deixar estes problemas sem solução. São exatamente estes problemas que adquirem u m significado preciso e definido dentro do marco teórico da teoria de Piaget.
A INTERPRETAÇÃO DA LEITURA DA ESCRITA
ANTES DA LEITURA CONVENCIONAL
Antes de chegar à escola ou começar a dominar a leitura convencional, a criança tem contato e tenta interpretar os textos que estão a sua volta. (títulos, embalagens comerciais, historias em quadrinho, etc.), e quando chega a na instituição escolar ela leva todo esse conhecimento.
Nós educadores temos que entender isso, pois nenhuma aprendizagem começa do zero.
Temos também, que investigar as informações “visuais e não visuais” que os educandos assimilam e utilizam antes de dominar a leitura/escrita convencional.
Para um infante que ainda não tem esse “domínio” a significação do que está escrito depende do contexto e segundo as teorias piagetianas, essa lógica é uma fase natural do entendimento da escrita.
ALGUMAS ANOTAÇÕES FEITAS EM AULA
Se uma criança de seis ou sete anos ainda não domina a linguagem/escrita convencionada, deve-se realizar um trabalho imediatamente com ela;
O problema de alguns professores é querer que uma criança de cinco ou seis anos leia conforme o padrão convencionado e esse domínio da leitura é adquirido num processo de maturação;
“O alfabetizador deveria ter doutorado e ganhar mais do que qualquer outro educador”.
Prof Ivan
BIBLIOGRAFIA
FERREIRO, Emilia. Alfabetização em processo.
18. ed., São Paulo, Cortez, 2007. (p. 09-20)
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