No dia 9/7/2009, tive a idéia de gravar a aula do Prof. Ivan. A gravação do áudio dos comentários feitos em sala é um mecanismo que nos auxilia bastante nas leituras dos textos e no desenvolvimento da disciplina em geral, desde que o aparelho utilizado para efetuar a gravação esteja funcionando.
Coloquei o meu aparelho de mp3 pra gravar e as mais de 2h de “gravação” me remetia apenas um inservível zumbido.
Coloquei o meu aparelho de mp3 pra gravar e as mais de 2h de “gravação” me remetia apenas um inservível zumbido.
Este ensaio será feito em tópicos sucintos, porém o mais categórico possível.
1. PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA: O texto tenta abordar, sob o ponto de vista da criança, o processo de aprendizagem da leitura e da escrita.
A criança constrói seu conhecimento no campo da escrita conforme ela mesma vai fazendo indagações/perguntas e assimilando as informações sobre os textos que estão ao seu redor;
2. No início do texto as autoras apresentam um exemplo de uma menina européia de cinco anos (cabe ressaltar que a alfabetização é conduzida de maneira muito semelhante independente do país, portanto, as investigações realizadas na ilustração das autoras são válidas também para nós) que estava sendo alfabetizada;
3. A aprendizagem de Andrea se dá em diferentes estágios. No mês de setembro ela escrevia seu nome da direita para esquerda e lia com segmentação silábica (sabia o a correspondência entre a letra e a silaba);
4. Em dezembro, com a ajuda de seu pai que escreve seu nome da esquerda para a direita (globalmente), Andrea começa a lê de forma global, mas quando a profa pede para que ela leia passando o dedo sobre as letras, ela não consegue;
5. Depois de passar por diferentes estágios, em abril Andrea, enfim já conseguia ler da esquerda para direita (fazendo a devida correspondência).
6. NO DECORRER DESSE EXEMPLO, PENSO QUE É CONVENIENTE SALIENTAR, QUE O AUXILIO RECEBIDO POR ANDREA POR PARTE DE SEU PAI FOI FUNDAMENTAL NESSA FASE DE SUA ALFABETIZAÇÃO. OS PAIS PRECISAM ESTAR CONSCIENTES DE QUE PRECISAM DAR ESTÍMULOS A SEUS FILHOS E PARTICIPAR DE MANEIRA MAIS ATIVA NA EDUCAÇÃO DOS SEUS PEQUENOS.
7. AH! TAMBÉM É PROVEITOSO LEMBRAR AOS EDUCADORES QUE É MUITO PROVEITOSO A UTILIZAÇÃO DE UMA FICHA DE ACOMPANHAMENTO PARA CADA CRIANÇA. COM ELA PODE-SE ACOMPANHAR O DESENVOLVIMENTO DE CADA EDUCANDO, NOS FORNECENDO INFORMAÇÕES MUITO VALIOSAS PARA A NOSSA PRÁTICA EDUCATIVA.
8. Em algumas vezes a criança até sabe identificar seu nome quando ele é mostrado a ela, mas não consegue ler realmente o que está escrito não fazendo a correspondência entre as letras e as sílabas que compõem o seu nome.
9. Antes de compreender como funciona o sistema alfabético da escrita, as crianças começam diferenciando desenho de escrita. Dessa forma, uma vez que sabem quais são as marcas gráficas que são para ler, elas elaboram hipóteses sobra a combinação e a distribuição das letras.
Assim, por exemplo, as crianças distinguem entre textos que têm poucas letras e textos que segundo elas, “são para ler” (que devem ter mais de quatro caracteres). Para elas, várias letras combinadas com pelo menos uma certa alternância, são consideradas para ler. As autoras dizem, portanto, que essas restrições que as crianças impõem ao material gráfico para permitir um ato de leitura.
Essas hipóteses são construídas na alfabetização inicial e são constituídas sem a interferência de um adulto.
Aqui diz alguma coisa?
Para as crianças pequenas, essa pergunta não tem sentido porque, para elas, um texto escrito “não diz”, ou seja, não é nada simbólico. Mas, por volta dos quatro anos, elas já dão uma resposta verbal. Então dizemos, por exemplo, que as crianças que respondem a essa questão imaginam o texto em termos do seu potencial de intencionalidade comunicativa. Ainda nessa idade, mesmo que elas ainda não “dominem” algumas palavras complexas o educador deve estimulá-las no sentido de que elas leiam outros textos além dos que estão no livro didático como jornais, revistas, por exemplo.
O que está escrito?
EXERCICIO PARA SER FEITO NA CLASSE
As autoras nos apresentam um exercício bacana para auxiliar as crianças no desenvolvimento da leitura.
Na frente de cada gaveta deverá estar escrito o objeto que ela contém e o exercício consiste em pedir que elas peguem em uma espécie de gaveteiro de modo que os objetos que estejam dentro das gavetas não sejam visto pelas crianças.
Elas têm que pegar os objetos solicitados pelos educadores ou pelos próprios colegas de classe.
O educador é uma figura legítima para auxiliar a criança na sistematização de seu conhecimento e quando o educando escreve uma letra de maneira incorreta, ela não deixa de ser essa letra, mas ele precisa mostrá-la a forma correta.
1. PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA: O texto tenta abordar, sob o ponto de vista da criança, o processo de aprendizagem da leitura e da escrita.
A criança constrói seu conhecimento no campo da escrita conforme ela mesma vai fazendo indagações/perguntas e assimilando as informações sobre os textos que estão ao seu redor;
2. No início do texto as autoras apresentam um exemplo de uma menina européia de cinco anos (cabe ressaltar que a alfabetização é conduzida de maneira muito semelhante independente do país, portanto, as investigações realizadas na ilustração das autoras são válidas também para nós) que estava sendo alfabetizada;
3. A aprendizagem de Andrea se dá em diferentes estágios. No mês de setembro ela escrevia seu nome da direita para esquerda e lia com segmentação silábica (sabia o a correspondência entre a letra e a silaba);
4. Em dezembro, com a ajuda de seu pai que escreve seu nome da esquerda para a direita (globalmente), Andrea começa a lê de forma global, mas quando a profa pede para que ela leia passando o dedo sobre as letras, ela não consegue;
5. Depois de passar por diferentes estágios, em abril Andrea, enfim já conseguia ler da esquerda para direita (fazendo a devida correspondência).
6. NO DECORRER DESSE EXEMPLO, PENSO QUE É CONVENIENTE SALIENTAR, QUE O AUXILIO RECEBIDO POR ANDREA POR PARTE DE SEU PAI FOI FUNDAMENTAL NESSA FASE DE SUA ALFABETIZAÇÃO. OS PAIS PRECISAM ESTAR CONSCIENTES DE QUE PRECISAM DAR ESTÍMULOS A SEUS FILHOS E PARTICIPAR DE MANEIRA MAIS ATIVA NA EDUCAÇÃO DOS SEUS PEQUENOS.
7. AH! TAMBÉM É PROVEITOSO LEMBRAR AOS EDUCADORES QUE É MUITO PROVEITOSO A UTILIZAÇÃO DE UMA FICHA DE ACOMPANHAMENTO PARA CADA CRIANÇA. COM ELA PODE-SE ACOMPANHAR O DESENVOLVIMENTO DE CADA EDUCANDO, NOS FORNECENDO INFORMAÇÕES MUITO VALIOSAS PARA A NOSSA PRÁTICA EDUCATIVA.
8. Em algumas vezes a criança até sabe identificar seu nome quando ele é mostrado a ela, mas não consegue ler realmente o que está escrito não fazendo a correspondência entre as letras e as sílabas que compõem o seu nome.
9. Antes de compreender como funciona o sistema alfabético da escrita, as crianças começam diferenciando desenho de escrita. Dessa forma, uma vez que sabem quais são as marcas gráficas que são para ler, elas elaboram hipóteses sobra a combinação e a distribuição das letras.
Assim, por exemplo, as crianças distinguem entre textos que têm poucas letras e textos que segundo elas, “são para ler” (que devem ter mais de quatro caracteres). Para elas, várias letras combinadas com pelo menos uma certa alternância, são consideradas para ler. As autoras dizem, portanto, que essas restrições que as crianças impõem ao material gráfico para permitir um ato de leitura.
Essas hipóteses são construídas na alfabetização inicial e são constituídas sem a interferência de um adulto.
Aqui diz alguma coisa?
Para as crianças pequenas, essa pergunta não tem sentido porque, para elas, um texto escrito “não diz”, ou seja, não é nada simbólico. Mas, por volta dos quatro anos, elas já dão uma resposta verbal. Então dizemos, por exemplo, que as crianças que respondem a essa questão imaginam o texto em termos do seu potencial de intencionalidade comunicativa. Ainda nessa idade, mesmo que elas ainda não “dominem” algumas palavras complexas o educador deve estimulá-las no sentido de que elas leiam outros textos além dos que estão no livro didático como jornais, revistas, por exemplo.
O que está escrito?
EXERCICIO PARA SER FEITO NA CLASSE
As autoras nos apresentam um exercício bacana para auxiliar as crianças no desenvolvimento da leitura.
Na frente de cada gaveta deverá estar escrito o objeto que ela contém e o exercício consiste em pedir que elas peguem em uma espécie de gaveteiro de modo que os objetos que estejam dentro das gavetas não sejam visto pelas crianças.
Elas têm que pegar os objetos solicitados pelos educadores ou pelos próprios colegas de classe.
O educador é uma figura legítima para auxiliar a criança na sistematização de seu conhecimento e quando o educando escreve uma letra de maneira incorreta, ela não deixa de ser essa letra, mas ele precisa mostrá-la a forma correta.
NOSSA CONCEPÇÃO DA ESCRITA E DA LINGUAGEM ESCRITA
Tradicionalmente, a escrita alfabética tem sido definida como um código gráfico de transcrição dos sons da fala.
Recentemente, de acordo com alguns lingüísticas e historiadores, mais do que um código, a escrita é um sistema de representação da linguagem com uma longa história social.
Como sistema de representação, o aprendizado da escrita consiste na apropriação de um objeto de conhecimento, de natureza simbólica, que representa a linguagem. Durante esse processo de apropriação, tanto a representação simbólica tanto a linguagem são afetadas pela escrita.
Percepção de certas unidades da fala
Não apenas a segmentação, mas também a percepção da fala está influenciada pela experiência do falante. Lingüísticas e psicólogos concordam que a percepção da linguagem é um processo ativo no qual intervêm muitos fatores, entre os quais se inclui também a natureza das palavras que são percebidas.
Assim acontece, por exemplo, com os nomes próprios, em especial com nomes estrangeiros e com os nomes dos números, pois nem todos os ouvintes as percebem da mesma maneira, segundo Blanche Benveniste e Jeanjean (1987).
Os nomes próprios e os nomes dos números não podem ser deduzidos a partir do contexto. Para transcrever um nome próprio é preciso a referencia escrita, porque a recepção pode variar. Por exemplo, uma pessoa percebeu “Bis ao leite” onde outra reconheceu “Bisa, o leite!” (trata-se de siglas). O que ocorre com os adultos em relação aos nomes próprios, pode ocorrer também com os mais jovens em relação aos nomes comuns.
A noção da palavra
Entre os lingüísticos há um certo acordo na definição de morfema como uma unidade mínima de sentido, mas não há acordo com relação à definição de palavra. Não obstante, para os leitores e escritores, fica claro que, em um sistema alfabético, palavra é tudo “o que figura entre os espaços em branco”, isto é, a palavra tem uma definição gráfica.
Enquanto as unidades alfabéticas (vocais e consoantes) se referem às unidades sonoras, muitos dos aspectos “não alfabéticos” presentes no texto se referem às palavras. Assim acontece com a utilização dos espaços em branco entre as palavras para separá-las, com a letra maiúscula inicial, com a pontuação ou as marcas e com a própria ortografia das palavras.
IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO
De acordo com os dados apresentados, pode-se afirmar que a leitura e a escrita existem fora da sala de aula, e as crianças não são aprendizes passivos, não copiam os modelos adultos que estão ao seu redor, nem esperam ir à escola para começar o processo de aprendizagem da leitura.
Esse começo precoce e essa atitude ativa diante da leitura e da escrita, não obstante, necessitam de ambientes ricos em experiências de leitura. Requerem adultos, que da mesma maneira que reconhecem nos balbucios dos bebês uma intenção comunicativa, podem ver nas garatujas e nas respostas das crianças de três ou quatro anos os primórdios da escrita.
Quando falamos de balbucios iniciais não nos referimos às aprendizagens mais convencionais de leitura e de escrita. Assim, na perspectiva construtivista se chega também a resultados convencionais, mas mediante o desenvolvimento das competências iniciais que conduzirão a esses conhecimentos. A transmissão direta não é a única que dará lugar à aprendizagem, porque a criança também adquire aprendizagem, porque a criança também adquire aprendizagem a partir do que constrói.
Não devemos esquecer que, em função da natureza da escrita como objeto cultural, o conhecimento da escrita começa em situações da vida real, em atividades e em ambientes também reais. Portanto, aprender sobre as funções da escrita é parte integrante do processo de aprendizagem da leitura e da escrita, bem como é aprender sobre suas formas.
O tipo de atividades ou de materiais que as escolas oferecem à criança pode estar em plena contradição com suas experiências e hipóteses. Isso pode acontecer, por exemplo, se a escola propõe a cópia como único caminho de acesso ao aprendizado da escrita, o ditado das palavras como maneira de favorecer a analise de letras isoladas ou os exercícios de pré-escrita ou de pré-grafismos.
As crianças que já começaram o processo de compreensão da escrita precisam entender para aprender a ler e a escrever: entender como funciona o sistema alfabético, entender a relação entre linguagem oral e linguagem escrita e entender quais são as unidades especificas do texto escrito.Podemos que concluir que para a perspectiva construtivista, aprendizagem deve levar em conta todo o processo de compreensão, processo este que tem lugar, também, graças a aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
TEBEROSKY, Ana. COLOMER, Teresa. Aprender a ler e escrever:
Uma proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Tradicionalmente, a escrita alfabética tem sido definida como um código gráfico de transcrição dos sons da fala.
Recentemente, de acordo com alguns lingüísticas e historiadores, mais do que um código, a escrita é um sistema de representação da linguagem com uma longa história social.
Como sistema de representação, o aprendizado da escrita consiste na apropriação de um objeto de conhecimento, de natureza simbólica, que representa a linguagem. Durante esse processo de apropriação, tanto a representação simbólica tanto a linguagem são afetadas pela escrita.
Percepção de certas unidades da fala
Não apenas a segmentação, mas também a percepção da fala está influenciada pela experiência do falante. Lingüísticas e psicólogos concordam que a percepção da linguagem é um processo ativo no qual intervêm muitos fatores, entre os quais se inclui também a natureza das palavras que são percebidas.
Assim acontece, por exemplo, com os nomes próprios, em especial com nomes estrangeiros e com os nomes dos números, pois nem todos os ouvintes as percebem da mesma maneira, segundo Blanche Benveniste e Jeanjean (1987).
Os nomes próprios e os nomes dos números não podem ser deduzidos a partir do contexto. Para transcrever um nome próprio é preciso a referencia escrita, porque a recepção pode variar. Por exemplo, uma pessoa percebeu “Bis ao leite” onde outra reconheceu “Bisa, o leite!” (trata-se de siglas). O que ocorre com os adultos em relação aos nomes próprios, pode ocorrer também com os mais jovens em relação aos nomes comuns.
A noção da palavra
Entre os lingüísticos há um certo acordo na definição de morfema como uma unidade mínima de sentido, mas não há acordo com relação à definição de palavra. Não obstante, para os leitores e escritores, fica claro que, em um sistema alfabético, palavra é tudo “o que figura entre os espaços em branco”, isto é, a palavra tem uma definição gráfica.
Enquanto as unidades alfabéticas (vocais e consoantes) se referem às unidades sonoras, muitos dos aspectos “não alfabéticos” presentes no texto se referem às palavras. Assim acontece com a utilização dos espaços em branco entre as palavras para separá-las, com a letra maiúscula inicial, com a pontuação ou as marcas e com a própria ortografia das palavras.
IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO
De acordo com os dados apresentados, pode-se afirmar que a leitura e a escrita existem fora da sala de aula, e as crianças não são aprendizes passivos, não copiam os modelos adultos que estão ao seu redor, nem esperam ir à escola para começar o processo de aprendizagem da leitura.
Esse começo precoce e essa atitude ativa diante da leitura e da escrita, não obstante, necessitam de ambientes ricos em experiências de leitura. Requerem adultos, que da mesma maneira que reconhecem nos balbucios dos bebês uma intenção comunicativa, podem ver nas garatujas e nas respostas das crianças de três ou quatro anos os primórdios da escrita.
Quando falamos de balbucios iniciais não nos referimos às aprendizagens mais convencionais de leitura e de escrita. Assim, na perspectiva construtivista se chega também a resultados convencionais, mas mediante o desenvolvimento das competências iniciais que conduzirão a esses conhecimentos. A transmissão direta não é a única que dará lugar à aprendizagem, porque a criança também adquire aprendizagem, porque a criança também adquire aprendizagem a partir do que constrói.
Não devemos esquecer que, em função da natureza da escrita como objeto cultural, o conhecimento da escrita começa em situações da vida real, em atividades e em ambientes também reais. Portanto, aprender sobre as funções da escrita é parte integrante do processo de aprendizagem da leitura e da escrita, bem como é aprender sobre suas formas.
O tipo de atividades ou de materiais que as escolas oferecem à criança pode estar em plena contradição com suas experiências e hipóteses. Isso pode acontecer, por exemplo, se a escola propõe a cópia como único caminho de acesso ao aprendizado da escrita, o ditado das palavras como maneira de favorecer a analise de letras isoladas ou os exercícios de pré-escrita ou de pré-grafismos.
As crianças que já começaram o processo de compreensão da escrita precisam entender para aprender a ler e a escrever: entender como funciona o sistema alfabético, entender a relação entre linguagem oral e linguagem escrita e entender quais são as unidades especificas do texto escrito.Podemos que concluir que para a perspectiva construtivista, aprendizagem deve levar em conta todo o processo de compreensão, processo este que tem lugar, também, graças a aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
TEBEROSKY, Ana. COLOMER, Teresa. Aprender a ler e escrever:
Uma proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2003.
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