domingo, 26 de julho de 2009

Descritores 10 e 11: Apresentação de síntese conclusiva e reflexões sobre o processo de construção do portfólio - encerramento da disciplina


Considerações finais

Bem, enfim terminamos mais um período produtivo. O fato de estudarmos um pouco mais, inclusive adentrando as férias, talvez tenha nos deixado um tanto mais cansados do que em outros semestres.
Agora é tempo de refletirmos sobre o que estudamos na disciplina TAE Português.
Durante todo o curso, discutimos alguns textos que contribuíram bastante para o nosso aproveitamento. As leituras fluíram bem, exceto o texto cinco, que embora eu tenha efetuado uma releitura e tenha feito algumas anotações sobre as considerações do professor, foi pra mim o mais difícil de trabalhar, acho que eu não tive capacidade intelectual para entendê-lo.
As considerações feitas nas aulas expositivas também foram extremamente esclarecedoras sobre cada tópico estudado. Ainda no que se refere às aulas, tivemos trabalhos em grupo, adquirimos o hábito de confeccionar pesquisas bibliográficas e aprendemos um pouco mais sobre leitura, confecção e interpretação das produções escritas.
Sem dúvida, um dos objetivos propostos que foi mais marcante para mim, foi o de conhecer e compreender os processos de aquisição de leitura e da escrita nas crianças de zero a seis anos, pois é uma fase importante para nós que poderemos trabalhar com educação infantil.
Com o que lembro agora, posso dizer que a criança ainda bem pequenina e antes de chegar à escola, já possui algum repertório de palavras e uma escrita espontânea que para nós alfabetizados, pode parecer estranha, mas que é super importante para que o seu desenvolvimento. Os pais e responsáveis necessitam estimular o infante nessa fase, participando mais ativamente. Para estimular uma criança, podemos, por exemplo, utilizar recursos simples como uma gostosa leitura de uma historinha antes de ela dormir, onde se pode também, pedir que ela leia alguns fragmentos, perguntá-la sobre o que ela entendeu e o que acha que vai acontecer com determinado personagem, enfim, instigá-la a se interessar por leituras. Por sua vez, o educador precisa ser sensível a essa bagagem cultural que a criança traz consigo ao chegar na instituição escolar, pois esse conhecimento que o educando já possui o ajudará na preparação de suas aulas.
Ainda no que diz respeito à alfabetização e letramento dos pequenos, penso que preciso estudar mais sobre como construir propostas e atividades metodológicas para serem utilizadas dentro da sala de aula, pois tenho vontade de criar alguns projetos com recursos próprios. Essa também foi uma das propostas do professor.
Outro aspecto interessante da disciplina foi o que estudamos sobre leitura e o que se espera de um leitor.
A leitura nos desperta sentimentos e emoções que estão na atmosfera sugerida por quem produziu e o leitor pode concordar, discordar e/ou adaptar o que está escrito. É isso que se espera dele.
O que também me chamou atenção na leitura é que como fatores materiais como tamanho, cor e fonte, tipo de papel e parágrafos longos ou curtos influenciam e direcionam a produção para um determinado público-alvo.
No texto em que li sobre o assunto, sublinhei a seguinte afirmação que me fez refletir um pouco: a leitura é uma atividade que solicita intensa participação. Ela nos diz que ler por só por ler não adianta.
Não posso deixar de falar também, das impressões que tive sobre a avaliação formativa que foi bastante discutida por nós no decorrer das aulas.
A avaliação formativa é dialógica, ou seja, uma via de mão dupla para o professor e o aluno. Ele norteia o educador no que diz respeito ao processo de ensino, pois através da avaliação formativa ele pode observar o comportamento de seus alunos e como estão se desenvolvendo nas aulas e atividades propostas.Por sua vez, o educando também tira proveito com a avaliação formativa, pois o educador caminha junto com ele na busca pelo desenvolvimento da autonomia crítica. Ao devolver um trabalho, por exemplo, com comentários e a descrição dos “erros e acertos” com objetivo de nortear o educando, o professor está fornecendo a ele uma ajuda muito significativa, ao invés de simplesmente devolver a produção do aluno somente com a nota.
A avaliação formativa me faz lembrar de uma atividade que o Ivan propôs em sala para nós fazermos em que entreguei a ele uma produção extremamente relapsa, indigna de um aluno de graduação e que me dá até vergonha de ter entregado. Acho que foi pela falta de tempo, pois estava me dedicando a outras coisas também, mas enfim, não é desculpa.
Quando ele me devolveu com quase todas as respostas insuficientes e com comentários desagradáveis sobre o exercício, me remeteu uma vontade de refazê-lo e de mostrar pra mim mesmo que poderia produzir algo melhor, então refiz e mandei pra ele que teceu, dessa vez, bons comentários, até disse que eu poderia “melhorar” mais algumas coisas, mas já me senti bem. Até mesmo porque se tratando do Ivan, que dificilmente elogia alguém, aquelas palavras de satisfação já eram boas demais.
Com a socialização dos blogs feita em classe, onde cada aluno apresentava suas produções no portfólio, eu também tive vontade de produzir com mais qualidades as minhas postagens, inclusive com a preocupação de utilizar fontes confiáveis e com o cuidado com a ortografia.
Portanto, posso observar que a avaliação normativa é muito importante para todo o processo educativo e é uma pratica que nunca vou esquecer e que ainda pretendo estudar mais sobre ela para levá-la comigo pra sala de aula.
Agora sobre o processo mecânico de construção do blog, posso dizer que encontrei algumas dificuldades, pois nunca tinha trabalhado com essa ferramenta eletrônica e, portanto, só consegui desenvolver um pouco mais o manejo conforme fui buscando mais informações sobre o assunto.
No que se refere à proposta de construção do blog, penso que embora nós estudantes devamos enquanto estivermos vivos, buscar novos conhecimentos e ferramentas, o professor deveria dá próxima vez em que for trabalhar com essa produção específica, propor logo no inicio do curso aos alunos que não tenham acesso a computador ou internet, que façam produções escritas, ou outras tarefas. Acho que a proposta para que quem não tivesse o manejo na web pudesse fazer outras produções veio um tanto tarde.
Por fim, posso concluir que a disciplina foi muito proveitosa para minha formação acadêmica, sobretudo porque pude refletir um pouco sobre o ensino da língua oral e escrita na Educação Infantil, pois como já tinha dito antes é um processo que não podia deixar de faltar para nós educadores e que precisamos nos comprometer e pesquisar ainda mais.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

ENRIQUECENDO O VOCÁBULÁRIO II

Eis algumas palavras do texto 6 que eu desconhecia o significado:

GARATUJA: careta; desenho malfaieto; rabisco
IDIOSSINCRÁTICAS: (idiossincrasia) maneira própria de ver, sentir e reagir de cada individuo;
PROSÓDICOS: (prosódia) pronúncia regular das palavras, com a devida acentuação;
PIRILAMPO: inseto com órgãos fosforescentes; vagalume
AMALGAMADA: (amálgama) liga de mercúrio (Quím); mistura de elementos diversos que contribuem para formar um todo.

Fonte: Aurélio - Minidicionário da Língua Portuguesa

TEXTO 6


ENSAIO SOBRE O TEXTO 6 “ A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE A ESCRITA”
No dia 9/7/2009, tive a idéia de gravar a aula do Prof. Ivan. A gravação do áudio dos comentários feitos em sala é um mecanismo que nos auxilia bastante nas leituras dos textos e no desenvolvimento da disciplina em geral, desde que o aparelho utilizado para efetuar a gravação esteja funcionando.
Coloquei o meu aparelho de mp3 pra gravar e as mais de 2h de “gravação” me remetia apenas um inservível zumbido.


Este ensaio será feito em tópicos sucintos, porém o mais categórico possível.


1. PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA: O texto tenta abordar, sob o ponto de vista da criança, o processo de aprendizagem da leitura e da escrita.
A criança constrói seu conhecimento no campo da escrita conforme ela mesma vai fazendo indagações/perguntas e assimilando as informações sobre os textos que estão ao seu redor;

2. No início do texto as autoras apresentam um exemplo de uma menina européia de cinco anos (cabe ressaltar que a alfabetização é conduzida de maneira muito semelhante independente do país, portanto, as investigações realizadas na ilustração das autoras são válidas também para nós) que estava sendo alfabetizada;

3. A aprendizagem de Andrea se dá em diferentes estágios. No mês de setembro ela escrevia seu nome da direita para esquerda e lia com segmentação silábica (sabia o a correspondência entre a letra e a silaba);

4. Em dezembro, com a ajuda de seu pai que escreve seu nome da esquerda para a direita (globalmente), Andrea começa a lê de forma global, mas quando a profa pede para que ela leia passando o dedo sobre as letras, ela não consegue;

5. Depois de passar por diferentes estágios, em abril Andrea, enfim já conseguia ler da esquerda para direita (fazendo a devida correspondência).

6. NO DECORRER DESSE EXEMPLO, PENSO QUE É CONVENIENTE SALIENTAR, QUE O AUXILIO RECEBIDO POR ANDREA POR PARTE DE SEU PAI FOI FUNDAMENTAL NESSA FASE DE SUA ALFABETIZAÇÃO. OS PAIS PRECISAM ESTAR CONSCIENTES DE QUE PRECISAM DAR ESTÍMULOS A SEUS FILHOS E PARTICIPAR DE MANEIRA MAIS ATIVA NA EDUCAÇÃO DOS SEUS PEQUENOS.

7. AH! TAMBÉM É PROVEITOSO LEMBRAR AOS EDUCADORES QUE É MUITO PROVEITOSO A UTILIZAÇÃO DE UMA FICHA DE ACOMPANHAMENTO PARA CADA CRIANÇA. COM ELA PODE-SE ACOMPANHAR O DESENVOLVIMENTO DE CADA EDUCANDO, NOS FORNECENDO INFORMAÇÕES MUITO VALIOSAS PARA A NOSSA PRÁTICA EDUCATIVA.

8. Em algumas vezes a criança até sabe identificar seu nome quando ele é mostrado a ela, mas não consegue ler realmente o que está escrito não fazendo a correspondência entre as letras e as sílabas que compõem o seu nome.

9. Antes de compreender como funciona o sistema alfabético da escrita, as crianças começam diferenciando desenho de escrita. Dessa forma, uma vez que sabem quais são as marcas gráficas que são para ler, elas elaboram hipóteses sobra a combinação e a distribuição das letras.
Assim, por exemplo, as crianças distinguem entre textos que têm poucas letras e textos que segundo elas, “são para ler” (que devem ter mais de quatro caracteres). Para elas, várias letras combinadas com pelo menos uma certa alternância, são consideradas para ler. As autoras dizem, portanto, que essas restrições que as crianças impõem ao material gráfico para permitir um ato de leitura.
Essas hipóteses são construídas na alfabetização inicial e são constituídas sem a interferência de um adulto.

Aqui diz alguma coisa?

Para as crianças pequenas, essa pergunta não tem sentido porque, para elas, um texto escrito “não diz”, ou seja, não é nada simbólico. Mas, por volta dos quatro anos, elas já dão uma resposta verbal. Então dizemos, por exemplo, que as crianças que respondem a essa questão imaginam o texto em termos do seu potencial de intencionalidade comunicativa. Ainda nessa idade, mesmo que elas ainda não “dominem” algumas palavras complexas o educador deve estimulá-las no sentido de que elas leiam outros textos além dos que estão no livro didático como jornais, revistas, por exemplo.

O que está escrito?


EXERCICIO PARA SER FEITO NA CLASSE

As autoras nos apresentam um exercício bacana para auxiliar as crianças no desenvolvimento da leitura.
Na frente de cada gaveta deverá estar escrito o objeto que ela contém e o exercício consiste em pedir que elas peguem em uma espécie de gaveteiro de modo que os objetos que estejam dentro das gavetas não sejam visto pelas crianças.
Elas têm que pegar os objetos solicitados pelos educadores ou pelos próprios colegas de classe.
O educador é uma figura legítima para auxiliar a criança na sistematização de seu conhecimento e quando o educando escreve uma letra de maneira incorreta, ela não deixa de ser essa letra, mas ele precisa mostrá-la a forma correta.
NOSSA CONCEPÇÃO DA ESCRITA E DA LINGUAGEM ESCRITA

Tradicionalmente, a escrita alfabética tem sido definida como um código gráfico de transcrição dos sons da fala.
Recentemente, de acordo com alguns lingüísticas e historiadores, mais do que um código, a escrita é um sistema de representação da linguagem com uma longa história social.
Como sistema de representação, o aprendizado da escrita consiste na apropriação de um objeto de conhecimento, de natureza simbólica, que representa a linguagem. Durante esse processo de apropriação, tanto a representação simbólica tanto a linguagem são afetadas pela escrita.

Percepção de certas unidades da fala

Não apenas a segmentação, mas também a percepção da fala está influenciada pela experiência do falante. Lingüísticas e psicólogos concordam que a percepção da linguagem é um processo ativo no qual intervêm muitos fatores, entre os quais se inclui também a natureza das palavras que são percebidas.
Assim acontece, por exemplo, com os nomes próprios, em especial com nomes estrangeiros e com os nomes dos números, pois nem todos os ouvintes as percebem da mesma maneira, segundo Blanche Benveniste e Jeanjean (1987).
Os nomes próprios e os nomes dos números não podem ser deduzidos a partir do contexto. Para transcrever um nome próprio é preciso a referencia escrita, porque a recepção pode variar. Por exemplo, uma pessoa percebeu “Bis ao leite” onde outra reconheceu “Bisa, o leite!” (trata-se de siglas). O que ocorre com os adultos em relação aos nomes próprios, pode ocorrer também com os mais jovens em relação aos nomes comuns.

A noção da palavra

Entre os lingüísticos há um certo acordo na definição de morfema como uma unidade mínima de sentido, mas não há acordo com relação à definição de palavra. Não obstante, para os leitores e escritores, fica claro que, em um sistema alfabético, palavra é tudo “o que figura entre os espaços em branco”, isto é, a palavra tem uma definição gráfica.
Enquanto as unidades alfabéticas (vocais e consoantes) se referem às unidades sonoras, muitos dos aspectos “não alfabéticos” presentes no texto se referem às palavras. Assim acontece com a utilização dos espaços em branco entre as palavras para separá-las, com a letra maiúscula inicial, com a pontuação ou as marcas e com a própria ortografia das palavras.

IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO

De acordo com os dados apresentados, pode-se afirmar que a leitura e a escrita existem fora da sala de aula, e as crianças não são aprendizes passivos, não copiam os modelos adultos que estão ao seu redor, nem esperam ir à escola para começar o processo de aprendizagem da leitura.
Esse começo precoce e essa atitude ativa diante da leitura e da escrita, não obstante, necessitam de ambientes ricos em experiências de leitura. Requerem adultos, que da mesma maneira que reconhecem nos balbucios dos bebês uma intenção comunicativa, podem ver nas garatujas e nas respostas das crianças de três ou quatro anos os primórdios da escrita.
Quando falamos de balbucios iniciais não nos referimos às aprendizagens mais convencionais de leitura e de escrita. Assim, na perspectiva construtivista se chega também a resultados convencionais, mas mediante o desenvolvimento das competências iniciais que conduzirão a esses conhecimentos. A transmissão direta não é a única que dará lugar à aprendizagem, porque a criança também adquire aprendizagem, porque a criança também adquire aprendizagem a partir do que constrói.
Não devemos esquecer que, em função da natureza da escrita como objeto cultural, o conhecimento da escrita começa em situações da vida real, em atividades e em ambientes também reais. Portanto, aprender sobre as funções da escrita é parte integrante do processo de aprendizagem da leitura e da escrita, bem como é aprender sobre suas formas.
O tipo de atividades ou de materiais que as escolas oferecem à criança pode estar em plena contradição com suas experiências e hipóteses. Isso pode acontecer, por exemplo, se a escola propõe a cópia como único caminho de acesso ao aprendizado da escrita, o ditado das palavras como maneira de favorecer a analise de letras isoladas ou os exercícios de pré-escrita ou de pré-grafismos.
As crianças que já começaram o processo de compreensão da escrita precisam entender para aprender a ler e a escrever: entender como funciona o sistema alfabético, entender a relação entre linguagem oral e linguagem escrita e entender quais são as unidades especificas do texto escrito.Podemos que concluir que para a perspectiva construtivista, aprendizagem deve levar em conta todo o processo de compreensão, processo este que tem lugar, também, graças a aprendizagem.

BIBLIOGRAFIA

TEBEROSKY, Ana. COLOMER, Teresa. Aprender a ler e escrever:
Uma proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2003.

TEXTO 5


Ensaio sobre o texto: Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem.


Sem dúvidas, este foi o texto em que mais tive problemas pra entender. Não tive capacidade intelectual para absorver o que a autora dizia. A releitura do texto e as considerações do Prof ajudaram, mas mesmo assim tive dificuldades.

Emilia começa dizendo que se baseou em idéias piagetianas para elaborar suas pesquisas sobre leitura e escrita.
COMO SE PASSA DE UM ESTADO DE MENOR CONHECIMENTO A UM ESTADO DE MAIOR CONHECIMENTO? (Piaget)
Para responder a esta pergunta, Emilia diz que em primeiro lugar é preciso procurar identificar os modos de organização relativamente estáveis que pode caracterizar os níveis sucessivos de conhecimento em um dado domínio; todavia, o problema central é compreender os processos de passagem de um modo de organização conceitual a outro, explicar a construção do conhecimento.
Quando procuramos compreender o desenvolvimento da leitura e escrita, do ponto de vista dos processos de apropriação de um objeto socialmente constituído, buscamos ver se havia modos de organização relativamente estáveis que se sucediam em certa ordem. Agora sabemos que há uma série de modos de representação que precedem a representação alfabética da linguagem.

PRECISAMOS ENTENDER COMO A CRIANÇA CONTRÓI AS SUAS HIPÓTESES
As produções lingüísticas da criança podem parecer caóticas para nós “alfabetizados”. Nossa tarefa é procurar entender como ela constrói seu conhecimento e como se dão as várias fases de apropriação do saber.

ALGUMAS DIFICULDADES COGNITIVAS DAS CRIANÇAS
Há algumas dificuldades cognitivas que parecem evidentes. Algumas crianças enfrentam problemas de classificação quando procuram compreender a representação escrita.
Repetidas vezes encontramos crianças que pensam que estarem lendo seu nome completo em qualquer parte do texto.
Um pouco mais tarde, quando as crianças começam a controlar sistematicamente as variações na quantidade de grafias que compõe cada escrita que produzem, algumas situações privilegiadas lhes permitem conseguir uma coordenação momentânea.
A criança vai construindo novas tentativas de coordenação e isso requer um esforço cognitivo considerável.
O sistema de escrita que a criança encontra no mundo circundante e todas as informações fornecidas do meio ambiente em que vive são pertubadoras para ela. Algumas vezes ela compreende o que faz, mas não compreende o que os outros fazem.
Torna-se evidente que, para compreender o desenvolvimento da escrita, não se pode invocar, apenas, a espontaneidade e a criatividade do sujeito. Claro que a espontaneidade e a criatividade existem, mas não se desenvolvem numa direção aleatória. Nossa tarefa é precisamente procurar explicar esta direcionalidade.
No desenvolvimento da leitura e da escrita, considerando como um processo cognitivo, há uma construção efetiva de princípios organizadores que, não apenas podem ser derivados somente da experiência externa, como também são contrários a ela; são contrários, inclusive, ao ensino escolar sistemático e as informações não-sistemáticas. Uma teoria completa do desenvolvimento infantil da escrita não pode deixar estes problemas sem solução. São exatamente estes problemas que adquirem u m significado preciso e definido dentro do marco teórico da teoria de Piaget.

A INTERPRETAÇÃO DA LEITURA DA ESCRITA
ANTES DA LEITURA CONVENCIONAL

Antes de chegar à escola ou começar a dominar a leitura convencional, a criança tem contato e tenta interpretar os textos que estão a sua volta. (títulos, embalagens comerciais, historias em quadrinho, etc.), e quando chega a na instituição escolar ela leva todo esse conhecimento.
Nós educadores temos que entender isso, pois nenhuma aprendizagem começa do zero.
Temos também, que investigar as informações “visuais e não visuais” que os educandos assimilam e utilizam antes de dominar a leitura/escrita convencional.
Para um infante que ainda não tem esse “domínio” a significação do que está escrito depende do contexto e segundo as teorias piagetianas, essa lógica é uma fase natural do entendimento da escrita.

ALGUMAS ANOTAÇÕES FEITAS EM AULA

Se uma criança de seis ou sete anos ainda não domina a linguagem/escrita convencionada, deve-se realizar um trabalho imediatamente com ela;

O problema de alguns professores é querer que uma criança de cinco ou seis anos leia conforme o padrão convencionado e esse domínio da leitura é adquirido num processo de maturação;

“O alfabetizador deveria ter doutorado e ganhar mais do que qualquer outro educador”.
Prof Ivan

BIBLIOGRAFIA
FERREIRO, Emilia. Alfabetização em processo.
18. ed., São Paulo, Cortez, 2007. (p. 09-20)

domingo, 28 de junho de 2009

REFORMULAÇÃO DO EXERCÍCIO REFLEXIVO


Oralidade e escrita
(Perspectivas para o ensino de língua materna)

A língua, falada e escrita, no decorrer dos últimos anos foi investigada exaustivamente por vários estudiosos. Pode-se evidenciar nesses estudos que existem diversas interpretações e linhas de pensamento, mas que há um certo ponto de concordância ao evidenciarem que a fala deve ocupar um lugar de destaque no ensino de uma língua, contrariando antigas teorias.
Segundo Biber, culturalmente os homens aprendem a falar antes de escrever e, individualmente, as crianças aprendem a falar antes de ler e escrever.

Ensino da língua na escola

Ao chegar à escola, a criança precisa aprender que a língua que ela fala não é homogênea. Precisa-se trabalhar com ela as mais variadas representações lingüísticas, variando do mais formal ao coloquial utilizado no dia a dia. No Brasil, por exemplo, há uma notória diferença entre o que é falado no Estado do Rio Grande do Sul e o que é dito na Bahia. Em algumas vezes, encontramos diferenças até em uma mesma cidade e essas variações precisam ser conhecidas pelo educando.

A organização da fala e da escrita

Para tentarmos prosseguir no estudo da língua, é importante saber como caracterizar a conversação. Esta é definida como uma atividade que precisa de no mínimo duas ou mais pessoas (interlocutores) que participem e se alternem entre si sobre um assunto de interesse comum. Esses interlocutores, devem possuir o mesmo direito no que se refere a escolha do tema da conversa, que pode ser realizada face a face ou por outros mecanismos como telefone, via internet, entre outros.

Estrutura de uma conversação

Ventola destaca alguns elementos de uma conversação que serão caracterizados a seguir:

Tópico/Assunto: Estabelece e mantém relacionamentos sociais, pois propicia o contato entre os participantes de uma conversa. Imaginemos dois amigos conversando sobre um determinado assunto, por exemplo.

Papéis dos Participantes: Os participantes desempenham vários papéis, dependendo da situação em que se encontram.

Modo: É determinado pelo objetivo da interação. Ele pode ser mais formal ou nada formal, como numa conversa entre dois adolescentes via internet, por exemplo.

Meio: É o canal de comunicação entre os participantes. Pode ser face a face, via telefone etc.

IMPORTANTE: O aspecto interacional pode determinar a estrutura da conversação. Um individuo irá se expressar de uma forma, quando for pedir um empréstimo bancário e se expressar de outra completamente diferente ao se dirigir ao seu irmão numa conversa normal do dia a dia, por exemplo.

Texto falado

Dittmann considera as seguintes características básicas para melhor entendermos o texto falado.
a) interação entre pelo menos dois falantes;
Precisa-se de um entendimento entre os participantes, o tema da conversa deve ser de conhecimento e aceitação de ambos.
b) ocorrência de pelo menos uma troca de falantes;
Não fica caracterizado uma conversação se somente um dos indivíduos tiver o monopólio da fala e o outro participante não conseguir se expressar, nem entender o que o outro diz.
c) presença de uma seqüência de ações coordenadas;
Há a necessidade de um início, meio e fim.
d) execução num determinado tempo;
O evento comunicativo precisa acontecer em um determinado tempo. É inviável iniciar um diálogo e o outro participante só responder um dia depois.
e) envolvimento numa interação centrada.
Ambos devem ter o direito de aceitar ou não o tema proposto. O interesse deve ser comum entre os participantes.
Podemos visualizar que a feitura de um texto falado corresponde a uma atividade social que necessita de interações entre no mínimo dois indivíduos que possuam algum objetivo em comum.

Níveis de estruturação do texto falado

A estrutura da conversação se organiza em diferentes níveis. A seguir, será caracterizado o nível local e global:
Local: A conversação se estabelece por meio de turnos em que os participantes necessitam de um “ponta pé inicial” de alguém. As falas vão se desenvolvendo uma após a outra e no decorrer da conversa pode ocorrer mudança de assunto, volta ao assunto inicial, hesitação etc.
Global: Acontece da mesma maneira que o global, mas a formulação do texto obedece a algumas normas específicas da organização global.
Para ocorrer essa estrutura, há a necessidade de um conhecimento prévio e partilhado entre os participantes, pois no decorres da conversa poderá haver uma digressão (desvio do tópico discursivo) de uma determinada fala como foi exemplificado na ilustração a seguir:

Falante 1: Menegildo, você vai no casamento da Zélia?

Falante 2: Não sei! Estou indo pro trabalho agora e lá vou ver se vai dar pra eu ir.

Falante 1: Você vai verificar se estará de plantão no sábado?

Falante 2: Sim.
O falante 1 só entendeu a primeira resposta, pois sabe que Menegildo é médico e costuma dar plantões nos finais de semana, ou seja há um conhecimento compartilhado entre ambos.

Coesão e coerência no texto falado

Alguns estudiosos atribuíram alguns termos para explicarem a coerência e coesão que são características básicas de um texto. Logo abaixo, tentaremos parafrasear os estudos de Fávero no que diz respeito à coesão:
Coesão referencial: Destaca-se a repetição de uma mesma palavra ou expressão.
Ex) Eu gosto de estudar... mas estudar matemática é muito complicado, pois preciso estudar várias fórmulas que são difíceis de decorar.
A alta incidência de repetições no texto favorece a coesão. Eu acredito que repete várias vezes uma palavra ou expressão nos dá a impressão de que possui um vocabulário muito limitado.
Coesão recorrencial: pode-se utilizar outras palavras para explicar o que se entendeu (paráfrase).
Ex) Falante 1:Nossa! O carro dele deve estar a mais de 100 km por hora...
Falante 2: É verdade! Ele está voando baixo...
Coesão seqüencial: Utiliza-se conectores que vão dando continuidade aos turnos.
Ex) Falante 1:Eu cheguei tarde? E daí?
Falante 2: daí que vai ser descontado do seu pagamento. (lembra a Bozena)

Estrutura do texto falado

O texto nos aponta que há quatro elementos básicos que contribuem par a estruturação do texto falado. Logo a seguir tentaremos caracterizá-los:

Turno: É o conjunto das falas produzidas pelos participantes, incluindo o silêncio. Eles se alternam entre si.
Exemplo: O Sr. diretor da FEBF irá discursar neste momento:
Bom... eu gostaria de agradecer a todos pela...

Tópico discursivo: Podemos dizer que é o foco/tema da conversação.
Exemplo: Margarida, vamos fofocar sobre as roupas das mulheres desta festa?

Marcadores conversacionais: elementos verbais, lingüísticos utilizados numa fala.
Ex) sorriso, o jeito de olhar, o choro etc.

TEXTO II
FÁVERO, Leonor L. Andrade, Maria Lúcia C. V. AQUINO, Zilda G. O. Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino da língua materna. 6. Ed., São Paulo: Cortez, 2007.

Fávero, Leonor Lopes
Oralidade e escrita: perspectiva para o ensino de língua
materna/Leonor Lopes Fávero, Maria Lúcia da Cunha V de
Oliveira Andrade, Zilda Gaspar Oliveira de Aquino. – 6. ed. –
São Paulo: Cortez, 2007.

Resenha crítica do texto IV da disciplina Tendências Atuais do Ensino da Língua Portuguesa

Introdução

Não existe uma única forma de alfabetização e para alfabetizar um infante, o educador necessita investigar e levar em conta todo o cabedal de conhecimento e experiências com que o educando chega à escola.
A criança desenvolve suas produções lingüísticas observando a oralidade e a escrita dos indivíduos que estão inseridos no seu contexto social. (família, amigos, outros adultos etc).
A alfabetização e a sua identidade/personalidade vão surgindo paralelamente num complexo processo onde não basta apenas o simples manejo de regras sobre o alfabeto.
Algumas crianças até conseguem codificar e decodificar a língua utilizada, mas ao efetuarem uma leitura de um determinado texto, por exemplo, não conseguem compreender o que leram. Há também alguns indivíduos que completam os primeiros ciclos, chegam ao ensino médio e ainda continuam sem entender algumas produções textuais além de não conseguirem estruturar uma simples carta. Esses indivíduos são considerados analfabetos funcionais.

Professor ou aluno deficiente?

É muito mais prático para alguns professores tachar um aluno de “problemático” ou deficiente, mas muito desses educadores não têm a sensibilidade (característica essencial para um educador) para perceber que seus educandos são oriundos das mais diversas realidades sociais e possuem uma bagagem cultural diferente da que eles possuem. Alguns professores acabam cometendo o erro de pressupor que seus alunos tiveram ou têm a mesma vivência social de que seus filhos, parentes, enfim, pensam que as crianças são iguais àquelas que estão no seu contexto. Se esses educadores não reconhecerem a diferença que há entre eles e seus educandos e não buscarem novas práticas e ferramentas que levem em consideração a bagagem cultural das crianças será difícil conduzi-las rumo á alfabetização e serão eles os deficientes e não os alunos.

Como ler para seus filhos

A leitura de contos e histórias infantis para uma criança que se encontra em processo de alfabetização é muito valiosa.
É importante que os pais, ao efetuarem uma leitura para seu filho, estimular a sua participação para que a leitura se torne mais rica. Pode-se perguntar o que ele entende de determinado fragmento do texto, o que ele acha que vai acontecer com algum personagem, pedir para ele ler pequenos trechos, enfim, deve-se instiga-lo.

Leitura e oralidade na escola

Em determinados momentos, alguns alunos sentem medo de produzir alguns textos, pois pensam que são menos capazes, quando na realidade não estão produzindo da maneira que o professor pede.
De acordo com MacGillivray, o educador não pode esperar que os seus alunos captem o que a escola solicita deles, e sim esclarecer categoricamente o que a instituição espera e por quê.
Por fim, os educadores devem estar cientes de que existem diversas formas de modificar as aulas atuais, por isso, eles não devem deixar de estarem sempre em busca de novas ferramentas para tentar mudar a sociedade.
Dominar plenamente uma língua é poder.

Bibliografia

TEBEROSKY, Ana. GALLART, Marta S. et. al. Contextos de
alfabetização inicial. Trad. Francisco Settineri, Porto Alegre: Artmed,
2004. (pág. 85-98)

ANOTAÇÕES FEITAS NA AULA DO DIA DO DIA 18/6/2009

A escola não pode desconsiderar ou minimizar a linguagem com que o educando chega à escola;

A língua escolhida para ser ensinada em sala de aula não é neutra;

Deve-se ensinar na escola a língua “padrão” (não necessariamente culta) para que todos possam se socializar;

As línguas são mutáveis;

A escola deve favorecer o domínio da língua aos menos privilegiados para que ele não fique concentrado com a elite;

Alguns alunos codificam/decodificam a língua, mas não compreendem o que lêem. (analfabetos funcionais);

Ninguém consegue escrever só aprendendo gramática, o individuo precisa de conhecimento.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

ENRIQUECENDO O VOCABULÁRIO

É bastante vultoso o número de palavras desconhecidas que vamos descobrindo em cada leitura, sobretudo nos textos acadêmicos.
Às vezes dá uma preguiça de procurar no dicionário, né? Mas é pior ficar sem saber o significado. Nós educadores precisamos incorporar essa prática (de buscar o significado das palavras no dicionário).

EIS AQUI ALGUMAS PALAVRAS QUE EU DESCONHECIA O SIGNIFICADO RETIRADAS DO TEXTO "Leitura, texto e sentido":

COLOMBINA: Personagem da antiga comédia italiana; namoradeira, fútil e bela.
PROFICIÊNCIA: Que tem perfeito conhecimento; competente, capaz.
LÉXICO: Os conjuntos das palavras usadas numa língua, ou num texto, ou por um autor.
COMPLEIÇÃO: Constituição física de alguém; disposição espírito.
BOJO: Saliência arredondada; barriga.

FONTE: Aurélio - Minidicionário da Língua Portuguesa

COMENTÁRIO SOBRE A AULA DO DIA 4/6/2009

Nesse dia o Prof. Ivan sugeriu uma socialização entre os educandos, destinando um determinado tempo para que cada um fizesse uma breve apresentação de seu blog e falasse um pouco sobre as atividades propostas.
Confesso que senti um pouco de vergonha devido a boa qualidade dos conteúdos apresentados, mas foi proveitoso, pois me senti estimulado a trabalhar e encontrar mais tempo (que bom que veio o feriado prolongado!) para confeccionar com mais afinco as tarefas da disciplina.

Comentário da aula do dia 28/5/2009 e RESENHA DO TEXTO "Leitura, texto e sentido" utilizados pela disciplina TAE Português

Na aula do dia 28/5 foi discutido o texto "Leitura, texto e sentido". Com as considerações do Prof. Ivan, dos meus companheiros e com a minha leitura, fiz a seguinte resenha após a aula:
A leitura não é o simples conhecimento do código utilizado (Português, por exemplo). Ela necessita da mobilização de vários saberes e é uma atividade que leva em conta os conhecimentos e as experiências do leitor.
O leitor pode discordar ou concordar; pode completar ou adaptar a representação do autor. (É ISSO QUE SE ESPERA).
Um texto também nos desperta sentimentos e emoções que estão na atmosfera sugerida pela produção escrita e também no objetivo que essa leitura pressupõe.
Há textos que lemos porque queremos nos manter informados (jornais, revistas), há outros que utilizamos para nos auxiliar na feitura de trabalhos acadêmicos, há ainda a leitura realizada por prazer (poemas, romances) e textos que algumas vezes somos "obrigados" a ler como alguns manuais e bulas (dificil leitura).
Um texto não se destina a todos e quaisquer leitores em geral, mas pressupõe um determinado tipo de leitor.
É impressionante como fatores materiais como tipo de papel, cor, tamanho e tipo da fonte, uso de maiúsculas e minúsculas e paragráfos longos ou curtos influenciam e direcionam a produção para um determinado público-alvo. (nunca tinha pensado nisso).
A LEITURA É UMA ATIVIDADE QUE SOLICITA INTENSA PARTICIPAÇÃO. "LER POR LER" NÃO ADIANTA.

TIPOLOGIA E GÊNERO TEXTUAL

De acordos com alguns estudiosos na área da alfabetização, o trabalho com os mais variados textos é de extrema importância para que para que a criança desenvolva habilidades na fala e na escrita.
Para que possamos, mais conscientemente, trabalhar com textos, precisamos identificar a diferença entre tipologia e gênero textual. Este sucinto texto tem o objetivo de identificar algumas diferenças entre esses dois termos que são muito confundidos (inclusive por mim).
Pelo que entendi, tipologia textual é a forma como o texto é apresentado. Ele pode vir como uma narração, argumentação, exposição e descrição, por exemplo.
Já o gênero textual refere-se às diferentes formas de manifestação da linguagem e de expressões textuais que podemos encontrar em poesias, crônicas, email e conversas telefônicas, por exemplo.
GÊNERO TEXTUAL É CONFECCIONADO COM UM OBJETIVO. ELE É FEITO PARA UM DETERMINADO INDIVIDUO OU DETERMINADO GRUPO, COMO UMA CARTA CONVOCANDO UMA REUNIÃO OU NARRANDO UM FATO ACONTECIDO, POR EXEMPLO. ELE EXERCE UMA FUNÇÃO SOCIAL, COMO RESSALTA MARCUSCHI.
Segundo Marcuschi, algumas vezes, gênero e tipologia se encontram e exemplifica isso com uma carta pessoal que é considerada um gênero textual, mas que pode apresentar uma ou variadas tipologias (narração, argumentação, etc).

BIBLIOGRAFIA:

SILVA, R. S. Gênero textual e tipologia textual: sob dois enfoques teóricos.

Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAnero_textual)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

IMPRESSÕES SOBRE A AVALIAÇÃO FORMATIVA

É um método dialógico, ou seja, uma via de mão dupla para o professor e o aluno. Ele norteia o educador no que diz respeito ao processo de ensino, pois através da avaliação formativa ele pode observar o comportamento de seus alunos e como estão se desenvolvendo nas aulas e atividades propostas.
Por sua vez, o educando também lucra com a avaliação formativa, pois o educador caminha junto com ele na busca pelo desenvolvimento da autonomia crítica. Ao devolver para o aluno um trabalho, por exemplo, com comentários e a descrição dos erros e acertos com objetivo de norteá-lo, o professor está fornecendo uma ajuda muito significativa ao educando, ao invés de simplesmente devolvê-lo somente com a nota.

Texto: Construindo o portfólio eletrônico - Prof. Dr Ivan Amaro

quinta-feira, 7 de maio de 2009

ALFABETIZAR CANTANDO - Atividades para desenvolver os objetivos de leitura

Segundo a psicóloga argentina Emília Ferreiro, toda a criança, independente do país em que vive e da lingua que fala, passa por vários estágios na hora de se alfabetizar e constrói esse novo conhecimento passo a passo, num processo evolutivo.

O projeto "Alfabetizar Cantando" consiste, basicamente em explorar velhas cantigas de roda em sala de aula. Elas atraem porque são conhecidas e facilitam a tarefa de estabelecer laços com a realidade.

OBJETIVO: Auxiliar as crianças que ainda estão no nível pré-silábico na busca pela alfabetização e também pelo domínio da escrita e leitura crítica.

PASSO-A-PASSO:
A primeira etapa consiste em apresentar aos educandos diversos CDs e produzir cartazes com as estrofes (alguns deles com a ajuda dos pequenos), que por sua vez serão afixados nas paredes da sala;

Em seguida podemos trabalhar as poesias cantadas, sempre respeitando o nível de aprendizagem de cada um (muito importante, hein pessoal!);

Durante a atividade os pequenos irão aprender a ordenar as letras e as palavras para formar os versos das cantigas;

IMPORTANTE: ao longo da execução das atividades, o educad@r deverá fazer diversas intervenções, solicitando informações como a localização de palavras, deve também, auxiliar as crianças na escrita das suas canções preferidas, (vocês podem sugerir mais tarefas);

Para reforçar o aprendizado, pode-se oferecer aos pequenos outras atividades de escrita e leitura, induzi-los a completar palavras e concluir os versos.

IMPORTANTE TAMBÉM: Esta tarefa foi idealizada pela Profa. ROBERTA PATRICIA DE SIQUEIRA AZEVEDO que atua em uma pequena escola de Quixaba-PE e apresentada aqui neste blog, com algumas alterações e contribuições feitas por mim. (Acho bacana citar a idealizadora do projeto não só por questão de ética, mas também para nos fazer lembrar que existem muitos bons profissionais espalhados pelos mais diversos cantos deste imenso país e enfrentando vultosos obstáculos.)

domingo, 26 de abril de 2009

CARTA DE APRESENTAÇÃO

Rio de Janeiro, em 26 de abril de 2009.

Caros amigos:

Meu nome é Tiago Lima e tenho 24 anos. Minha história com a Pedagogia teve início no 1° semestre de 2005 quandro ingressei na Uerj-FEBF. Infelizmente, naquele ano não pude dar prosseguimento no curso, pois logo na 1ª semana fui transferido (por necessidade de serviço) pra São Paulo, onde tive oportunidade de estudar na USP em todo o ano de 2006.
Em 2007 regressei à cidade maravilhosa e hoje estou no 5° período novamente na FEBF. Quando voltei, fiquei meio chateado porque meus amigos da primeira turma já estavam para se formar, mas tudo bem! Nesta nova fase fui acolhido por pessoas muito agradáveis que me ajudaram a encontrar uma nova motivação para continuar.

Acho que me apaixonei pela Pedago porque é um curso que valoriza muito o lado humano, além de "importar" muitos conceitos de outras áreas como Psicologia, Sociologia, Antropologia, enfim... acho que posso dizer que é uma graduação completa.
Pretendo futuramente trabalhar na área da educação superior e/ou especial e espero que todos nós consigamos vivenciar uma grande mudança na educação neste país brevemente. Felizmente algumas mudanças já podem ser visualizadas, mas precisamos de mais, especialmente na Educação Básica.

Viva o Brasil!
Viva a educação!

TIAGO LIMA

terça-feira, 21 de abril de 2009

EXPECTATIVAS DO TRABALHO COM O PORTFÓLIO


Quando o Prof. Ivan fez a proposta do blog, confesso que inicialmente não vi com "bons olhos". Acho que fiquei um tanto confuso, pois pensei que seria uma tarefa muito trabalhosa e difícil de concluir. Realmente confeccioná-lo demanda algum tempo, mas o que me surpreendeu foi ter descoberto esta forma de organizar e compartilhar meus pensamentos e idéias com outras pessoas. Para mim está sendo muito agradável. Bom, pelo menos até agora.